quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Cerimonia do Sol - em português!

Deu um trabalhão pra traduzir, mas ach que vale muito a pena que todos possam ler essa obra linda! Que me emociona toda vez!!! Ahhh by the way, tentei google translator e Deus me livre, fujam disso como o Biabo foge da Cruz porque é algo sofrivel!!!!!!! Bom, se houver algum erro, peço desculpas, o que sei de espanhol aprendi lendo esse querido, Isabel allende e outros (sim, eu leio em espanhol ta!) e como uma boa metida a besta, hablo muy bien!!! ah tive espanhol na escola e na faculdade, mas acho que nem preciso comentar né? Aprendi na prática!


CERIMÔNIA DO SOL


 Olá Sol ...!


Mais uma vez você vem para visitar sem aviso prévio. Mais uma vez em sua longa caminhada desde o início da vida.


Ola Sol ...!


Com a barriga cheia de ouro fervendo para distribuir entre as moradias e quintas, capelas camponesas, vales, florestas, rios e aldeias esquecidas.


Olá Sol ... ! Todo mundo sabe que pertence a todos, mas prefire dar seu calor aos mais necessitados, aqueles que precisam de sua luz para iluminar a sua casa de folhas, os que de você recebem energia para enfrentar o trabalho, pedindo a Deus para nunca perdê-la, para enriquecer suas plantios, e conseguir as suas colheitas.


É que você, Sol,, é o pão de ouro da mesa dos pobres.


Da minha varanda eu vejo você vir todos os dias como um anel de fogo de rolamento através de anos, pontual, essencial, incentivando minha filosofia desde o dia em que conhei levantar a Casapueblo e coloquei a primeira pedra e o meu primeiro tijolo.


Eu me lembro que foi um dia de inflamada tempestade, o mar tinha substituído a cor azul por um cinza empavonado, no horizonte um veleiro ancorado afiava atento suas velas para escapar da tempestade, o céu estava cheio dos gritos dos corvos em vôo, vi como a rajada de vento agitava toda a serra, incomodando tanto à doninha quanto a um coelho.

Mas de repente um anúncio sobrenatural perfurou o céu e você apareceu. Era um sol nítido e redondo, perfeito e delineado posto sobre o cenário de minha iniciação com a força sagrada de um vitral de igreja!

Os mesmos braços de ouro que ao amanhecer iluminam o céu, que se estendem sobre todos os lados, aqueciam as montanhas, ou apontando para baixo iluminavam o mar
 

A partir daquele momento eu senti que Deus habita em vós, para que a vossa fé é por meio de seus raios transmitida a todos os lugares por onde transitava.
Sol ... Olá! Como eu gostaria de ter compartilhado sua longa jornada presenteado os outros com luz, porque o teu toque acariciou a vida de mil povos, compartilhando suas alegrias e tristezas, conheceu a guerra e a paz, impulsionou a oração e o trabalho, acompanhou a liberdade e fez durar menos a prisão da escuridão.
Ao seu comando sol, os lagartos dormerm, os girassóis acordam e os galos cantam. Ronronam os gatos vadios, uivam os cães e outros saem de suas cavernas.


Ao seu comando há o suor na testa dos trabalhadores, e no corpo das mulheres que cobertas levam cantaros de água para a favela. Com toques de seu coração comove o mar, da música ao plantio, a usina e ao mercado.

Ao seu comando correm em estampido bufalos e antílopes, se desperta o leão, se surpreende a girafa, se desliza a serpente e vooa a borboleta. Ao seu comando canta a cotovia, saiu-se do pântano, acordou o morcego e se mudou o albatroz.
Sol ... Olá! Obrigado por ter vindo alegrar minha vida como artista. Porque você me fez menos solitária a minha solidão. É que eu estou acostumado a sua companhia e se não tenho você,  te busco onde quer que estejas!

É por isso que te reencontrei na Polinésia, quando você foi coroado rei das ilhas de pérola e recifes de coral, ou também na África, quando deu um impulso à sua revoluções libertárias e se refletia no espelho de seus escudos tribais para injetar coragem.

Eu estou olhando e vejo que você não mudou, é sol que reverenciavam os Astecas, o mesmo que pntei em minha pereghrinação pela América, o mesmo que envolveu a Amazônia misteriosa e secreta, o que me iluminou o caminho sagrado de Machu Picchu no Peru, e nos vales da Patagônia ou territórios dos Sioux eo Comanche.

O mesmo sol que me levou a Bornéu, Sumatra, Bali, a ilhais musicais ou  as areias escaldantes do Sahara. A diferença dos relampagos que apenas projetam na noite chicotes de luz do sei reinado planetário, teus raios permanecem ativos. Algumas vezes a travessuras de umas nuvens escondem a sua glória, mas quando isso acontece, nós sabemos que você está lá, jogando oculto.

Outras vezes, porém, te vemos sorrir quando as gaivotas te usam de papel para escrever as frases em seu vôo.

Obrigado Sol, por invadir a intimidade de meu entardecer e mergulhar em minhas ágas. Agora será a luz dos peixes e de seu mundo secreto debaixo d'água. Também os fantasmas que habitam o ventre dos navios afundados na trágicos naufrágios.

Obrigada Sol ...! Por nos presentear com esta cerimonia amarela. Obrigado por deixar meus muros brancos impregnados de sua fosforescencia. Entre rajadas e rajadas, os ciclones que atravessam tempestades ou tornados, você pode vir aqui para ir acalmando silenciosamente os nossos olhos.

Porque a sua missão é partir para iluminar outros lugares. Operários, estivadores, pescadores te esperam em outras regiões onde a noite desaparece com sua chegada. E como respondendo a um timbre mágico despertará as cidades, acompanhará os filhos até a escola, colocarás em voo a feliidade dos pássaros, chamará a missa.

À sua chegada, animaram-se os andar de seus trabalhadores, cantarão os vendedores nas feiras, as margens dos rios se encherão de lavadeiras e entrará a alegria pelas janelas dos hospitais!


Tchau sol ...! Quando em um instantevocê se vai por completo e assim morrerá a tarde. A nostalgia se apoderará de mim e a escuridão da Casapueblo.  A escuridão, penetrando com seu apetite insaciável debaixo da minha porta, através das janelas ou qualquer espaço encontrado para infiltrar-se em meu estúdio, abrindo campo para as borboletas noturnas.

Tchau sol...! Eu te amo ... Quando era criança eu queria te alcançar com a minha pipa. Agora que estou velho, me resigno a saudar-lhe enquanto a tarde boceja por tua boca de vime

Tchau som ...! Obrigado por provocar uma lágrima, ao pensar que também iluminou a vida de nossos avós, nossos pais e entes queridos e de todos os que não estão mais juntos nós, mas que te seguem e de você desfrutam de uma outra altura

Sol ... Adeus! Amanhã eu vou te esperar novamente. Casapueblo é a sua casa, pois todos a chamam de Lar do Sol. O sol da minha vida como artista. O sol da minha solidão. É que me sinto um milionário em solas, Eu continuo a esperar que alcance todos os dias o horizonte

Carlos Paez Vilaró
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3 comentários:

  1. que legal! talvez eu publique sua tradução no meu blog, tudo bem? escrevo sobre as viagens que faço e em maio deste ano publicarei um texto sobre punta del este. www.rodanomundo.blogspot.com
    abçs

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  2. "Com a barriga cheia de ouro fervendo" - ficou esquisito

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